A declaração de Guedes ocorre após o governo federal vetar R$ 200 milhões para o desenvolvimento de uma vacina nacional contra o novo coronavírus. As informações foram publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo.
"Eu até falei: 'faz menos foguete e faz mais vacina'. Está soltando foguete e, ao mesmo tempo, não está dando vacina. Se tem prioridade, a prioridade é vacina, não é o foguete", afirmou Guedes, relatando uma conversa com Pontes.
O ministro da Economia participou de uma audiência pública na Câmara com deputados membros de quatro comissões: trabalho, finanças e tributação, educação e seguridade social.
Segundo Guedes, o Ministério da Ciência e Tecnologia teve um orçamento maior este ano e que, por isso, Marcos Pontes poderia encontrar uma solução interna para não interromper a pesquisa de desenvolvimento de uma vacina brasileira.
Em março deste ano, após o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, anunciar o desenvolvimento da ButanVac, vacina nacional contra a COVID-19, Pontes declarou que já tinha pedido o aval à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o início dos testes clínicos com um imunizante financiado pelo governo federal, que recebeu o nome de Versamune®️-CoV-2FC.
Durante a discussão do Orçamento de 2021, os parlamentares destinaram mais cerca de R$ 200 milhões ao projeto. Mas, ao sancionar a programação de despesas do ano, o presidente Jair Bolsonaro vetou os gastos, o que derrubou o montante destinado ao desenvolvimento do imunizante do governo federal.