EUA e aliados pressionarão Caracas até que a Venezuela 'volte à democracia', diz Blinken

© REUTERS / Pool / Kenzo TribouillardEm Bruxelas, na Bélgica, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, fala durante coletiva de imprensa na sede da OTAN, em 14 de abril de 2021
Em Bruxelas, na Bélgica, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, fala durante coletiva de imprensa na sede da OTAN, em 14 de abril de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 04.05.2021
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Nesta terça-feira (4), o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que os Estados Unidos e seus aliados continuarão a pressionar o governo venezuelano para que o país volte à democracia.

O chefe da diplomacia norte-americana deu a declaração durante a 51ª Conferência de Washington sobre as Américas.

"Continuaremos a trabalhar com nossos parceiros em toda a região, para aliviar o sofrimento do povo venezuelano e exercer pressão sobre o regime para que o país possa retornar pacificamente à democracia", disse Blinken.

O secretário de Estado dos EUA afirmou ainda que o governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, administrou mal a crise de saúde no país durante a pandemia da COVID-19.

Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, os EUA lideram a lista de países com mais mortes por COVID-19, com mais de 578 mil óbitos. Já a Venezuela tem 2.189 mortes causadas pela doença. Em números proporcionais à população, os EUA têm 1.744 mortes por milhão de habitantes, enquanto a Venezuela tem 77 fatalidades a cada milhão de seus cidadãos, conforme o painel do Our World in Data.

O mesmo levantamento mostra ainda que os EUA já têm quase 45% de sua população imunizada com a primeira dose de uma vacina contra a COVID-19, enquanto a Venezuela ainda não chegou a 1%.

© REUTERS / Handout / Palácio MirafloresNicolás Maduro, presidente da Venezuela, aplaude durante evento na sede da empresa petrolífera estatal PDVSA, em Caracas, Venezuela, 19 de fevereiro de 2021
EUA e aliados pressionarão Caracas até que a Venezuela 'volte à democracia', diz Blinken - Sputnik Brasil, 1920, 04.05.2021
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, aplaude durante evento na sede da empresa petrolífera estatal PDVSA, em Caracas, Venezuela, 19 de fevereiro de 2021

Maduro negou diversas vezes as alegações dos EUA e acusa Washington de tentar derrubar o governo venezuelano para tomar posse dos recursos naturais do país. De acordo com um estudo de 2019, com coautoria do economista Jeffrey Sachs, as sanções norte-americanas mataram dezenas de milhares de venezuelanos.

Outros países da região

O secretário de Estado dos EUA também falou de outros países latino-americanos. Sobre Cuba, Blinken disse que os EUA continuarão defendendo os direitos humanos do povo cubano, incluindo o direito à liberdade de expressão e de reunião, e condenarão a repressão aos direitos humanos.

Blinken também pediu aos aliados dos EUA na região para que cobrem o governo do Haiti por eleições livres e justas até o final deste ano, bem como o governo da Nicarágua para reformar o sistema eleitoral local.

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