"O Conselho manteve a decisão do Facebook em 7 de janeiro de 2021, de restringir o acesso do então presidente Donald Trump para publicar conteúdo em sua página do Facebook e na sua conta do Instagram", disse a rede social nesta quarta-feira (5).
O conselho também determinou que "não era apropriado que o Facebook impusesse a pena indeterminada e sem padrão de suspensão", escreve o The New York Times.
Nick Clegg, vice-presidente de Comunicação do Facebook, escreveu em um blog que o Facebook "considerará a decisão do conselho e determinará uma ação que seja clara e proporcional". "Nesse ínterim, as contas de Trump permanecem suspensas", escreveu ele.
The Board has upheld Facebook’s decision on January 7 to suspend then-President Trump from Facebook and Instagram. Trump’s posts during the Capitol riot severely violated Facebook’s rules and encouraged and legitimized violence. https://t.co/veRvWpeyCi
— Oversight Board (@OversightBoard) May 5, 2021
O conselho manteve a decisão do Facebook em 7 de janeiro de suspender o então presidente Trump do Facebook e Instagram. As postagens de Trump durante o motim do Capitólio violaram gravemente as regras do Facebook e incentivaram e legitimaram a violência.
Logo após a decisão da rede social de Mark Zuckerberg, Donald Trump, em um comunicado à imprensa, chamou as proibições de "uma vergonha total e um embaraço para nosso país [EUA]".
"A liberdade de expressão foi retirada do presidente dos Estados Unidos porque os lunáticos da esquerda radical têm medo da verdade", disse Trump, acrescentando: "Essas empresas corruptas de mídia social devem pagar um preço político e nunca mais poderão destruir e dizimar nosso processo eleitoral".
Após ser banido, Donald Trump lançou hoje sua própria plataforma de comunicação, semelhante às tradicionais redes sociais.
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) May 4, 2021
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O conselho que baniu Trump
O conselho de supervisão do Facebook foi lançado em outubro de 2020, em meio a um debate contínuo sobre a capacidade da empresa de gerenciar o discurso de ódio e a desinformação na plataforma.
Os 20 membros do conselho incluem um ex-primeiro-ministro da Dinamarca e o ex-editor-chefe do jornal The Guardian, além de juristas, especialistas em direitos humanos e jornalistas.
Em sua declaração na quarta-feira (4), o conselho acrescentou que se o Facebook decidir permitir que Trump volte ao site após a revisão, a empresa "deve resolver quaisquer violações futuras imediatamente e de acordo com suas políticas de conteúdo estabelecidas".
O painel não revelou como votou, mas disse que uma minoria de membros enfatizou que a empresa deve exigir que os usuários que buscam reintegração após serem suspensos "reconheçam suas irregularidades e se comprometam a observar as regras no futuro".