Em 2 de maio de 2011, quase dez anos após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 realizados pela Al-Qaeda (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) contra os Estados Unidos que tirou a vida de ao menos 2.977 pessoas e feriu mais de 6.000, o então líder da organização, Osama bin Laden, foi morto durante uma operação norte-americana em um subúrbio no Paquistão.
Reportou-se que o terrorista foi jogado ao mar próximo ao convés de um porta-aviões dos Estados Unidos.
Foram os ataques de 11 de setembro que forçaram Washington a declarar uma guerra contra o terrorismo e, consequentemente, a realizar invasões no Afeganistão e no Iraque.
Ao aparecer no programa "Relatório Especial" do canal de televisão Fox News, o ex-secretário de Defesa, Robert Gates, confirmou que cada um dos altos assessores do então presidente norte-americano, Barack Obama, com exceção de Biden, foram a favor de ações imediatas contra o terrorista.
O ex-secretário de Defesa, que serviu de 2006 a 2011, confessou sobre suas preocupações durante os debates antes da operação. Embora ele não duvidasse sobre a capacidade dos EUA de exercerem a missão, Gates diz que "preferiria o uso de drone".
"Minha preocupação foi provocada por minha responsabilidade como secretário da Defesa [...], se o ataque fosse ou não bem-sucedido, a reação paquistanesa seria tão severa que eles cortariam nossa linha de abastecimento entre Karachi e o Afeganistão, e nós perderíamos a guerra no Afeganistão quase por uma noite", admitiu Gates.
No entanto, alguns dias antes da missão, ele se convenceu que aquela operação era a melhor alternativa.
"Eu convoquei o conselheiro de Segurança e disse a ele que eu apoiava o andamento da operação", contou o ex-secretário em entrevista ao canal. Ao mesmo tempo, apontou que Joe Biden, que na época era vice-presidente de Barack Obama, não foi igualmente persuadido.
Quanto à decisão da administração Biden de retirar tropas norte-americanas do solo afegão, Gates afirmou que era fundamental continuar o fluxo de assistência econômica e militar para o governo do país.
No início de maio, os Estados Unidos começaram a fase final de sua retirada militar do Afeganistão, onde os soldados norte-americanos tinham sido deslocados nos últimos 20 anos.
Os 2.500 soldados devem sair do país até setembro desse ano, em uma medida que já suscitou grandes preocupações locais de que terroristas retomariam o controle da região, levando o Afeganistão a cair em um estado de colapso.