Durante a guerra, o esconderijo abrigava 20 soldados austríacos que cumpriam serviço no monte Scorluzzo, na frente alpina perto de Passo do Stelvio, disse à CNN o historiador Stefano Morosini, coordenador do projeto patrimonial do Parque Nacional de Stelvio e professor da Universidade de Bérgamo.
Dentro do abrigo foram encontrados alimentos, pratos, casacos feitos de peles de animais e muitos outros itens, revelou Morosini.
Os artefatos exibem a "vida cotidiana muito inóspita" dos soldados que tiveram que lidar com "condições ambientais extremas". As temperaturas no inverno poderiam chegar a 40 graus Celsius negativos", acrescentou o historiador.
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"Os objetos encontrados são uma representação, como uma máquina do tempo, das […] condições extremas de vida durante a Primeira Guerra Mundial", destacou o historiador, ressaltando que a cada verão, quando a geleira derrete, na área aparecem mais itens.
A caverna está localizada a uma altitude de 3.094 metros, e trabalhos de escavação têm sido realizados de julho a agosto desde 2017. Cerca de 60 metros cúbicos de gelo já foram removidos.
Ao todo, foram achados cerca de 300 objetos, incluindo colchões de palha, moedas, capacetes, munições e jornais.