O magistrado Rosario Livatino foi baleado por membros da Cosa Nostra (tradicional máfia siciliana), que atiraram em seu carro enquanto ele dirigia por uma rodovia na Sicília.
O juiz ainda tentou fugir de seus agressores, mas foi pego e morto. Livatino era conhecido na Itália como o "juiz menino", em razão de sua aparência jovial.
Ele liderou muitas investigações contra a máfia em um momento em que os clãs sicilianos estavam envolvidos em uma guerra aberta, escreve a Reuters.
Sua beatificação foi na catedral de Agrigento, na Sicília, onde uma caixa de vidro contendo sua camisa manchada de sangue foi exposta como uma relíquia.
Em declarações aos peregrinos no Vaticano, o papa Francisco elogiou o jovem magistrado. "Em seu serviço à comunidade como um juiz honesto, que nunca se permitiu ser corrupto, ele se esforçou para julgar, não para condenar, mas para reabilitar", disse Francisco.
"Que seu exemplo seja para todos, especialmente para os juízes, um incentivo para serem defensores leais da legalidade e da liberdade", enfatizou o pontífice.
Três anos após a morte de Rosario Livatino, o papa João Paulo visitou a Sicília e saudou o magistrado como um "mártir da justiça".
Quando tomou posse, o papa Francisco foi um entusiasta para posicionar Livatino à caminho da santidade, aprovando um decreto de martírio.
Com a medida, não havia necessidade de um milagre a ser atribuído à intercessão de Livatino junto a Deus para que ele fosse declarado santo.