Segundo Doria, esse volume serve para fabricar 18 milhões de doses da vacina contra o coronavírus desenvolvida no laboratório Sinovac.
Mais cedo, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que a lentidão e a incerteza na liberação dos insumos podem afetar o cronograma de vacinação no país a partir de junho.
Nesta segunda-feira (10), a entidade entregou dois milhões de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde. Duas novas remessas estão previstas para serem entregues até o final desta semana.
Depois, o Butantan precisa receber a matéria-prima para conseguir reiniciar o envase, suspenso na última quinta-feira (6).
'Problema diplomático'
O governador João Doria também disse que existe a possibilidade de atraso na vacinação. Ele culpou o governo do presidente Jair Bolsonaro pela dificuldade de liberação dos insumos pela China.
"Temos o temor [de atrasar a vacinação]. Faltam insumos. Por quê? Porque o governo da China não autorizou o embarque. Temos 10 mil litros prontos e aguardando a liberação do governo da China. São 18 milhões de doses. É muito necessário para o Brasil. É um problema diplomático, um problema que se dá pelas manifestações sucessivas erráticas e desnecessárias pelo governo federal, do presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e seus ministros", afirmou.