Embora o vírus tenha surgido pela primeira vez na China no final de 2019, ele foi amplamente controlado no país por meio de uma série de bloqueios e fechamentos de fronteiras.
Mais de 30 alpinistas doentes foram evacuados do acampamento-base no lado nepalês da montanha mais alta do mundo nas últimas semanas, enquanto o Nepal enfrenta uma segunda onda mortal, aumentando o temor de que o vírus possa arruinar a temporada de escalada.
Um montanhista norueguês se tornou a primeira pessoa a testar positivo para o coronavírus no acampamento-base do Everest, no Nepal, e foi transferido em helicóptero para Catmandu, onde foi hospitalizado https://t.co/IXvr6UIapO
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) April 23, 2021
As autoridades tibetanas disseram aos repórteres em uma coletiva de imprensa que tomariam as "medidas mais rigorosas de prevenção de epidemias" para evitar o contato entre alpinistas nas encostas norte e sul, ou no topo da montanha, informou a agência de notícias oficial Xinhua no domingo (9).
Os guias de montanha estabelecerão linhas divisórias no topo do Everest antes de permitir que os montanhistas comecem a escalada, disse o chefe da Associação de Montanhismo do Tibete, citado pela Xinhua. O funcionário, no entanto, não forneceu detalhes sobre como seriam feitas essas linhas divisórias.
De acordo com o oficial, 21 escaladores chineses receberam permissão para ascender ao cume do Everest este ano, depois de permanecerem em quarentena no Tibete desde o início de abril.
Este ano, contudo, o Nepal emitiu um número recorde de licenças de escalada para tentar aumentar o número de visitantes, depois que a indústria do turismo no país sofreu um golpe devastador em 2020 com a pandemia.
Uma permissão para escalar o Everest no Nepal custa US$ 11 mil (cerca de R$ 57 mil) e os escaladores chegam a pagar mais de US$ 40 mil (cerca de R$ 208 mil) por uma expedição.
Nas últimas três semanas, a trajetória diária de casos do Nepal disparou, com duas entre cada cinco pessoas testadas agora apresentando resultados positivos, conforme as infecções se espalham pela segunda onda mortal da vizinha Índia.