De acordo com a agência de notícias norueguesa NRK, as autoridades do país nórdico querem desta maneira garantir a segurança dos cidadãos em caso de acidente com vazamento de substâncias radioativas. No entanto, a crescente demanda por pílulas de iodo, alimentada pela escassez, pelas recomendações oficiais e temores de vazamento, criaram filas e listas de espera.
"Eu não acho que você hoje consiga comprar pílulas de iodo em Tromso. Nós não estávamos preparados para essa demanda", disse Hans Petter Leer, gerente de uma farmácia.
"Estou surpreso com a reação da população. Há pessoas em uma lista de espera para obter as pílulas", acrescentou.
A demanda aumentou drasticamente após o município de Tromso ter enviado informações aos pais com filhos nos jardins de infância e nas escolas de que se devem ter pílulas de iodo em casa.
Além disso, todos estes estabelecimentos educacionais devem dispor de um estoque destas pílulas em caso de um acidente.
Trond Brattland, médico-chefe do município de Tromso, disse que a distribuição das pílulas tinha sido adiada devido a pandemia de COVID-19.
No início desta semana, o submarino USS New Mexico, de 115 metros, atracou no porto de Tromso.
A primeira chegada de um submarino nuclear em mais de uma década provocou protestos de população local e de políticos da oposição, afirmando que estas ações arrastam ainda mais a Noruega para a luta das superpotências e aumentam o risco de Tromso se tornar um "alvo de ataque".
Anteriormente, Tormod Heier, Professor do Colégio de Defesa da Noruega, advertiu que o país pode se tornar um 'campo de batalha se eclodir um conflito entre a Rússia e EUA'.