"Quem quer o diálogo deve começar por reconhecer não apenas que se equivocou, mas que cometeu crimes horrendos contra todo o povo da Venezuela", disse Rodríguez durante a sessão ordinária do Parlamento nesta quinta-feira (13).
Com essas palavras, o presidente da Assembleia Nacional fez referência à proposta apresentada na última terça-feira (11) por Guaidó, um plano que inclui dialogar com o governo de Maduro.
"Ele [Guaidó] não pode simplesmente chegar com sua cara juvenil cheia de espinhas para pedir uma negociação e um diálogo, sem devolver o que roubou […] ao menos podia dizer que cometeu erros terríveis, que pediu uma invasão militar da Venezuela, e que agora se finge de louco para sentar-se à mesa [para dialogar]", afirmou o parlamentar.
¡Estoy Listo! Cuándo quieran, dónde quieran y cómo quieran para reunirme con toda la oposición venezolana. Esto debe ser un paso para que abandonen el camino de la guerra, la invasión, los atentados y los golpes de Estado. Los esperamos en el camino electoral que transitamos. pic.twitter.com/nFX9YsmHYL
— Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) May 13, 2021
Estou pronto para me reunir com toda a oposição venezuelana! Quando quiserem, onde quiserem e como quiserem. Isto deve ser um passo para que abandonem o caminho da guerra, da invasão, dos atentados e dos golpes de Estado. Esperamos vocês no mesmo caminho eleitoral que percorremos.
Contudo, Rodríguez disse que o seu grupo político apoia a decisão de Maduro de aceitar dialogar, mas ressaltou que já passou da hora de os opositores assumirem as suas responsabilidades.
"Que dessa mesa de diálogo saia o compromisso de que, nunca mais, alguém que se diga venezuelano solicite intervenções militares contra a Venezuela", frisou o presidente da Assembleia Nacional.
Ontem (12), Maduro aceitou a proposta de diálogo de Guaidó, com o acompanhamento do governo da Noruega, da União Europeia e do Grupo de Contato.
Hoy el objetivo es uno: salvar a Venezuela, nuestro país, nuestra familia y nuestros sueños.
— Juan Guaidó (@jguaido) May 12, 2021
Por eso, desprendidos de cualquier interés o cargo, hemos comunicado ayer una propuesta sencilla para lograrlo: un Acuerdo de Salvación Nacional. #SalvemosAVenezuela pic.twitter.com/SZM2ZCnNaE
Hoje [12] o objetivo é um só: salvar a Venezuela, o nosso país, a nossa família e os nossos sonhos. Por isso, desprendidos de qualquer interesse ou cargo, ontem [11] apresentamos uma proposta simples para conseguir isso: um Acordo de Salvação Nacional.
A aceitação da proposta pelo presidente venezuelano aconteceu um dia depois que o político opositor escreveu no Twitter que a Venezuela precisa de um acordo de salvação nacional, que incorpore todas as facções políticas e ofereça garantias.
Em maio de 2019, o governo e a oposição tentaram iniciar um processo de diálogo com mediação da Noruega. No entanto, em setembro daquele ano, o processo acabou sendo interrompido, depois que a Casa Branca decidiu impor mais sanções econômicas contra a Venezuela.
