De acordo com a Science Magazine, estes elementos foram descobertos em camadas rochosas datadas de pelo menos 10 milhões de anos de idade. O material foi retirado do oceano pela empresa de exploração petrolífera do Japão antes de ter sido entregue aos pesquisadores.
Já que o elemento é tão difícil de encontrar na natureza, a descoberta é considerada muito rara.
"Estes são elementos que ainda constituem para nós um mistério", disse o físico da Universidade Nacional Australiana, Anton Wallner, que liderou a equipe internacional de pesquisadores, citado pelo NPR.
Muitos astrônomos acreditam que alguns dos mais pesados elementos terrestres tiveram origem em fontes extraterrestres, como colisões de estrelas de nêutrons ou supernovas, que explodiram no espaço e fizeram chover poeira nuclear sobre a superfície da Terra.
"Nossos dados, na verdade, sugerem que, provavelmente, ambos os cenários podem ser necessários", acentuou o físico. "São ambos. São explosões de supernovas que produzem uma parte destes elementos pesados, mas também fusões de estrelas de nêutrons ou quaisquer outros eventos raros."
O plutônio pode ser achado em concentrações muito baixas no minério de urânio, que existe nas profundezas da Terra, longe do contato humano normal.
Para produzir quantidade suficiente do elemento radioativo, por exemplo, para criar uma bomba nuclear, os cientistas têm estudado reatores de síntese.
Através do uso da reação química de síntese, o urânio pode ser transformado em plutônio. Este processo foi testado em experimentos diferentes, incluindo o Experimento Trinity em 1945, o primeiro teste nuclear na história, e o subsequente bombardeio de Nagasaki com uma bomba atômica, cuja grande potência foi devida a seu sólido núcleo de plutônio.