Netanyahu: bombardeio de prédio que abrigava equipes de mídia foi 'legítimo'

© REUTERS / Mohammed SalemInterior do prédio que abrigava mídias internacionais destruído após bombardeio isralense, 15 de maio de 2021
Interior do prédio que abrigava mídias internacionais destruído após bombardeio isralense, 15 de maio de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 16.05.2021
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo (16) considerar "legítimo" o bombardeio que atingiu um prédio na Faixa de Gaza com escritórios de veículos de mídia internacional. 

O edifício abrigava equipes da agência Associated Press e da rede Al Jazeera. Ao justificar o ataque aéreo israelense, Netanyahu disse que no local funcionava um gabinete de inteligência do Hamas.

"Um escritório de inteligência da organização terrorista palestina, que planeja e organiza os ataques de terror contra civis israelenses, estava instalado naquele prédio", afirmou o premiê em entrevista à emissora norte-americana CBC News. 

Netanyahu disse ainda que as forças israelenses tomaram "todas as precauções para garantir que não houvesse fatalidades civis, de fato, nenhuma morte". 

"Portanto, é um alvo perfeitamente legítimo", afirmou o primeiro-ministro.

O bombardeio do prédio, efetuado no sábado (15), causou grande repercussão internacional e foi bastante criticado. Netanyahu, por sua vez, garantiu que a operação israelense continuará com força total.

Correlação de forças é denunciada

O conflito palestino-israelense se agravou na noite de 11 de maio, após o fim de ultimato do movimento palestino Hamas, que exigia de Israel a retirada de militares e policiais da Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, e do bairro de Sheikh Jarrah, tradicional bairro palestino em Jerusalém Oriental.

O Hamas e a Jihad Islâmica começaram a disparar foguetes contra Israel. Muitos dos quase 2.900 projéteis lançados até agora foram interceptados pelo sistema antimíssil Cúpula de Ferro e cerca de 450 caíram na Faixa de Gaza.

Israel retaliou por meio de aeronaves e artilharia. Segundo o Ministério da Saúde da Palestina, os ataques deixaram pelo menos 192 pessoas mortas, incluindo 58 crianças, e feriram mais de 1.200. Do lado israelense, o número de vítimas fatais é de nove.

A correlação de forças vem sendo denunciada como desproporcional por organizações de direitos humanos ao redor do mundo. Diversos protestos pró-Palestina em capitais europeias foram registrados neste sábado (15).

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