Cientistas também descobriram que muitas das estrelas da Via Láctea já se haviam formado antes desta fusão. Atualmente estas estrelas podem ser encontradas principalmente no disco grosso da galáxia, a maior das duas estruturas de disco da Via Láctea, avança portal Science Alert.
"A composição química, localização e movimento das estrelas que podemos observar presentemente na Via Láctea contêm informações preciosas sobre sua origem", disse a astrônoma Josefina Montalbán da Universidade de Birmingham.
"À medida que aumentamos nosso conhecimento de como e quando estas estrelas foram formadas, nós podemos começar a entender melhor como a fusão de Gaia Enceladus com a Via Láctea afetou a evolução de nossa galáxia", explicou.
Nossa galáxia passou por tempos bastantes violentos ao longo dos 13,6 bilhões de anos desde sua formação. Via Láctea tem constantemente devorado galáxias menores, apropriando-se de suas estrelas.
Com a ajuda do telescópio Kepler, que foi otimizado para procurar mudanças no brilho das estrelas, já que essa é uma das formas como podemos detectar exoplanetas orbitando esses astros, foram coletados dados astrosismológicos sobre um grupo de estrelas.
A equipe de Montalbán escolheu uma quantidade de estrelas gigantes vermelhas com baixa metalicidade, já que têm um longo período de vida e são intrinsecamente brilhantes.
A espectroscopia revelou que algumas das estrelas se originaram em Gaia Enceladus e a asterosismologia revelou que estes astros tinham todos a mesma idade, de cerca de 10 bilhões de anos, ou eram ligeiramente mais jovens do que as estrelas que se formaram originalmente na Via Láctea.
Isso sugere que a Via Láctea já havia formado um bom número de suas estrelas, e estava fazendo isso ativamente antes da fusão com Gaia Enceladus. Isto apoia as conclusões anteriores que a fusão entre a Via Láctea e Gaia Enceladus ocorreu há cerca de 10 bilhões de anos.