Conflito entre Palestina e Israel pode se tornar uma guerra religiosa de grande escala, disse à Sputnik o conselheiro do presidente palestino para assuntos religiosos e juiz Mahmoud al-Habbash.
Conselheiro palestino afirmou que Ramallah "durante muitos anos avisou sobre a possível deflagração de uma guerra religiosa devido às violações por Israel de santuários em Jerusalém e também às ações extremistas de colonos judeus".
"Se o status quo persistir como é e se Israel e seus colonos não pararem de provocar os sentimentos religiosos dos palestinos e muçulmanos em geral, o mundo enfrentará uma guerra religiosa, cujo fogo sairá para fora da Palestina, e todo o mundo pagará por isso", segundo al-Habbash.
Além disso, o conselheiro do presidente palestino afirmou que a reação do mundo árabe e islâmico, e também de outros países, ao conflito na Faixa de Gaza e outros territórios palestinos é insuficiente.
"A reação dos países árabes, islâmicos e de outros países do mundo até agora é insuficiente, é muito menor do que deveria ser, mas entendemos a realidade em que o mundo vive", declarou al-Habbash.
As autoridades palestinas continuarão buscando o apoio internacional, tanto oficial como da opinião pública, para proteger o país e seu povo. Al-Habbash revelou que, nesse sentido, a Palestina trabalha em todas as direções, e atualmente em foco está Jerusalém e seus santuários.
Na noite de 8 de maio começaram grandes confrontos entre os palestinos e polícia israelense em Jerusalém Oriental. A situação na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza se agravou na noite de 11 de maio. Desde o começo dos confrontos, mais de 3,7 mil foguetes foram disparados de Gaza contra o território israelense. Israel, por sua vez, também realizou centenas de ataques contra esse território palestino.