Entre os políticos que assinaram a carta pública conjunta estão os ex-presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, o ex-presidente do Uruguai, José Mujica, o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, o ex-presidente do Paraguai, Fernando Lugo, o ex-presidente equatoriano, Rafael Correa, e o ex-presidente de Honduras, Manuel Zelaya, bem como ex-chanceleres, legisladores e líderes políticos da região.
"Nós, que assinamos este comunicado, expressamos nossa solidariedade ao povo colombiano e apelamos para que as profundas diferenças que levaram às violências nos últimos dias sejam resolvidas no âmbito de diálogo e negociação, procurando um retorno rápido da paz nesta nação querida", segundo a carta.
Expresamos nuestra solidaridad con el pueblo colombiano y hacemos un llamado para que las profundas diferencias que han conducido a la violencia en los últimos días, se resuelvan en un marco de diálogo y negociación, buscando un pronto retorno de la paz en esta querida nación. https://t.co/7sIwJCpJXK
— Lula (@LulaOficial) May 19, 2021
Os políticos sublinharam que o protesto é um direito aprovado por leis internacionais, então apelam para garantirem o uso deste direito, se mostrando contrários à "violência contra seres humanos indefesos". Os países da região não podem ficar "impassíveis" nesta situação, conforme o comunicado.
"Os povos da América Latina e do Caribe não podem ficar impassíveis enquanto a vida de nossos jovens se apaga. Condenamos a morte de dezenas de jovens no âmbito destas manifestações e nos solidarizamos com suas famílias e com o povo da Colômbia", escreveram.
As personalidades latino-americanas apelaram para criação de uma comissão internacional independente para verificar a situação dos direitos humanos na Colômbia. Expressando solidariedade aos jovens colombianos, destacaram que as ideias dos manifestantes estão em consonância com os valores constituintes da democracia.
Os protestos na Colômbia foram iniciados contra a reforma tributária do governo de Iván Duque (já retirada) que aumentaria os impostos, mas após isso se tornaram grandes manifestações contra a pobreza no país. Durante confrontos com polícia, pelo menos 50 pessoas morreram, quase 600 ficaram feridas e mais de 500 desapareceram.