"Informamos à Organização Trump que a nossa investigação sobre a companhia não é mais um caso puramente civil em sua natureza", disse Fabien Levy, porta-voz da procuradora-geral de Nova York Letitia James, citado pela imprensa norte-americana.
"Agora estamos investigando ativamente a Organização Trump em âmbito criminal, junto com a Procuradoria do Distrito de Manhattan", acrescentou.
Agora, a Procuradoria estadual trabalhará junto com distrital, que já vinha investigando Trump e sua companhia há dois anos por suspeita de "conduta criminosa possivelmente extensa e prolongada", incluindo fraude fiscal e de seguros, além da suposta falsificação de registros comerciais.
A investigação da Procuradoria-Geral de Nova York
A investigação civil foi iniciada pelo procuradora-geral de Nova York Letitia James em março de 2019. Ela está investigando se a empresa de Trump inflou indevidamente o valor de seus ativos nos registros financeiros.
Além disso, a Procuradoria-Geral de Nova York emitiu intimações aos governos locais em busca de documentos em várias propriedades da Organização Trump em Manhattan, no interior do estado de Nova York, em Chicago e Los Angeles.
O ex-presidente dos EUA, por sua vez, classificou essa investigação como "assédio por motivação política".
A investigação do Distrito de Manhattan
Já a investigação criminal da Procuradoria Distrital de Manhattan foi desencadeada quando o ex-advogado de Trump, Michael Cohen, comprou o silêncio de duas mulheres que alegavam manter casos com o ex-presidente antes das eleições de 2016.
Além disso, há indícios de que a Procuradoria Distrital, que é comandada por Cyrus Vance, também teria examinado os registros fiscais de Trump obtidos em fevereiro.
Por sua vez, o ex-presidente sempre negou qualquer irregularidade, classificando a investigação como uma "caça às bruxas". Sobre os pagamentos feitos às mulheres em 2016, Trump insistiu que eram legais e que não foram desviados da verba de campanha, mas foram pagos do seu próprio bolso.