Os cientistas da Universidade de Reading, no Reino Unido, estudaram dados do clima espacial de 150 anos para analisarem os padrões de tempo dos eventos mais extremos, que podem ser muito perigosos para os astronautas e satélites, e até interromper redes de energia se atingirem a Terra, segundo estudo publicado na revista Solar Physics.
Os pesquisadores descobriram pela primeira vez que os eventos de climas espaciais extremos têm mais chances de ocorrer no início de ciclos solares pares e no fim de ciclos solares ímpares, como um deles, que começou em dezembro de 2019.
Os eventos também são mais prováveis durante períodos densos de atividade solar e em ciclos maiores, refletindo o padrão do tempo espacial moderado.
Os resultados podem ter implicações para a missão Artemis da NASA, que planeja pousar humanos na Lua em 2024, mas que poderia ser adiada para o final da década de 2020.
"Até agora, os eventos espaciais meteorológicos mais extremos eram considerados aleatórios em seu tempo e, portanto, pouco poderia ser feito para planejá-los", disse o doutor Mathew Owens, físico espacial da Univerisade de Reading.
"No entanto, essa pesquisa sugere que eles são mais previsíveis, geralmente seguindo as mesmas 'temporadas' de atividade que os eventos espaciais meteorológicos menores. Mas eles também mostram algumas diferenças importantes durante a temporada mais ativa, o que poderia nos ajudar a evitar os efeitos nocivos no espaço e no tempo", explicou Owens.
O tempo espacial extremo é impulsionado por erupções enormes de plasma no Sol, chamadas de ejeções de massa coronal, que atingem a Terra, causando perturbações geomagnéticas globais.