Enquanto em vários países as embaixadas sírias continuam a preparar listas de eleitores sírios que vivem no exterior e desejam participar das próximas eleições presidenciais, que serão realizadas a partir desta quinta-feira (20), a Alemanha negou este direito ao povo sírio.
A Síria condenou veementemente a decisão do governo de Angela Merkel de proibir os cidadãos sírios residentes na Alemanha de exercer seu direito constitucional de participar das eleições presidenciais, escreve a agência SANA.
Uma fonte do governo da Síria citada pela agência afirmou que a decisão injusta do governo alemão constitui uma violação flagrante da Convenção de Viena e uma violação das obrigações que este acordo impõe ao país anfitrião.
Syrian expatriates' protests in #Germany against the German government's ban on holding presidential elections at the Syrian embassy in Berlin.#Syria pic.twitter.com/AifsnLUQNa
— Saimah Abdelnour (@AbdelnourSaimah) May 20, 2021
Protestos de expatriados sírios na Alemanha contra a proibição do governo alemão de realizar eleições presidenciais na embaixada da Síria em Berlim.
A fonte acrescentou que a decisão constitui um ataque flagrante aos direitos e liberdade dos sírios e uma tentativa desesperada de confiscar esse importante direito nacional.
A publicação aponta ainda para "a falsidade da democracia com que o governo alemão se orgulha, que revela seu papel destrutivo na guerra injusta contra a Síria".
O povo sírio no exterior vota hoje (20) para as eleições presidenciais do país, com a abertura das urnas nas embaixadas e consulados sírios em diversos países do mundo.
Sírios residentes em Cuba, Venezuela, Brasil, Argentina, Rússia, França, Espanha, Suécia e outros países não tiveram problemas para depositar seus votos.
No Líbano, porém, houve problemas. O embaixador da Síria no país, Ali Abdul-Karim, expressou o pesar depois que vários libaneses atacaram um ônibus que transportavam cidadãos sírios para a embaixada em Beirute para participar das eleições presidenciais.
"É lamentável e injustificável o que aconteceu por um número de libaneses que atacaram sírios que estavam indo para a embaixada para praticar seu dever", disse o embaixador Abdul-Karim.