O democrata quer impedir a recente venda de US$ 735 milhões (cerca de R$ 3,02 bilhões) em armas dos EUA para o Ministério da Defesa de Israel.
"Acredito que os Estados Unidos devem ajudar a liderar o caminho para um futuro pacífico e próspero para israelenses e palestinos", disse Sanders em um comunicado.
"Precisamos examinar com atenção se a venda dessas armas está realmente ajudando nisso ou se está simplesmente alimentando o conflito", concluiu.
A resolução de Sanders reflete a frustração que os democratas expressaram nos últimos dias com o governo Biden, escreve a Fox News.
At a moment when U.S.-made bombs are devastating Gaza, and killing women and children, we cannot simply let another huge arms sale go through without even a Congressional debate. https://t.co/nLoDFmLGr1
— Bernie Sanders (@SenSanders) May 20, 2021
No momento em que bombas fabricadas nos Estados Unidos estão devastando Gaza e matando mulheres e crianças, não podemos simplesmente deixar outra grande venda de armas acontecer sem nem mesmo um debate no Congresso.
O projeto de Bernie Sanders será votado em uma espécie de regime de urgência. A resolução precisa de uma maioria simples para ser aprovada no Senado e na Câmara.
Porém, se Biden vetar a resolução, será necessária uma maioria de dois terços em ambas as câmaras para sobreviver. O Congresso nunca conseguiu bloquear a venda de armas por meio de uma resolução conjunta de desaprovação, afirma a imprensa norte-americana.
Em um passado recente, o Congresso tentou bloquear as vendas de armas do ex-presidente Trump para a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, mas Trump vetou essas três resoluções em 2019 e as vendas no valor de mais de US$ 8 bilhões (cerca de R$ 42,1 bilhões) foram aprovadas.
O Congresso foi formalmente informado em 5 de maio de uma venda de US$ 735 milhões (cerca de R$ 3,02 bilhões) em armas ao Ministério da Defesa de Israel.
De acordo com as regras parlamentares, as autoridades eleitas têm até quinta-feira (20) para apresentar uma resolução de oposição e aprová-la. Mas os defensores da resolução dizem que uma votação pode ser organizada mesmo depois dessa data, dada a gravidade do conflito.