Na quinta-feira (20), respondendo à pergunta quão perto a China e os Estados Unidos estão de uma Guerra Fria, o diplomata disse que durante os últimos meses da presidência de Donald Trump as tensões entre os países aumentaram drasticamente.
"Passaram-se coisas que não serão fáceis de apagar da memória dos participantes", afirmou Kissinger.
No entanto, a administração de Joe Biden entende que o confronto não é do interesse de Washington, de Pequim e do resto do mundo, segundo Kissinger.
"Isso levaria a um conflito sem vencedores que, tal como a Primeira Guerra Mundial, acabaria em exaustão de ambos os lados", avisou o ex-secretário de Estado norte-americano.
O diplomata destacou que a sociedade norte-americana considera a China um inimigo permanente e uma fonte de fenômenos negativos.
"A nova administração terá realmente dificuldade em encontrar uma saída da confrontação e desenvolver uma estratégia mais estável", destacou Kissinger.
Anteriormente, Kissinger advertiu que a competição entre os EUA e a China não deve aumentar até atingir um grande conflito de alta tecnologia. O diplomata revelou que, embora ambos os lados possam ter a capacidade teórica para vencer, nenhum dos lados optará por exercê-la.