Enquanto a COVID-19 continua causando estragos na Índia, com voos comerciais vindos do país suspensos em muitos países, empresários do setor de jatos particulares lucram com a alta demanda para deixar a Índia.
A Índia, vale lembrar, é o segundo país mais contaminado do mundo, com mais de 26 milhões de casos, depois dos Estados Unidos, que já registrou mais de 31 milhões de incidências.
A proibição de entrada para viajantes da Índia foi prorrogada por tempo indefinido nos Emirados Árabes Unidos e outros países, como a França e o Reino Unido.
A solução encontrada pelas classes mais ricas na Índia foram os jatos particulares com sede em Dubai. Esses aviões têm a permissão de pousar nos Emirados Árabes se vierem da Índia.
"Todos os nossos voos estão lotados. O ritmo é muito intenso. Temos de três a quatro voos diários, no mínimo, com origem nas várias cidades onde operamos na Índia", observa um empresário do ramo de jatos entrevistado pela Rádio França Internacional.
O custo desse serviço feito sob medida é aproximadamente 35 vezes o de um voo comercial regular entre os dois países. "É uma quantia muito, muito alta; os bilhetes variam entre quatro mil (cerca de R$ 38 mil) e seis mil euros (cerca de R$ 40 mil) por passageiro", afirmou.
O entrevistado ainda explicou que muitos clientes são residentes dos Emirados, que têm medo de perder o emprego se permanecerem presos na Índia.