Rajadas rápidas de rádio (FRB, na sigla em inglês) desconhecidas foram detectadas em braços de galáxias espirais, afirma um grupo de cientistas internacional em comunicado da agência espacial norte-americana NASA.
De acordo com os resultados de seu estudo, que será publicado na revista The Astrophysical Journal, astrônomos rastrearam a localização de cinco FRB que eles assumem terem origem em áreas de galáxias onde ocorre a formação de estrelas, conhecidas como braços espirais.
"Esta é a primeira visão em alta resolução de uma população de FRB. A maioria das galáxias é maciça, relativamente jovem e ainda formando estrelas", contou Alexandra Mannings, estudante de pós-graduação em astronomia e astrofísica da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, EUA, e líder do estudo, já publicado no servidor de pré-impressão arXiV.
"A imagem nos permite ter uma ideia melhor das propriedades gerais da galáxia hospedeira, tais como sua massa e taxa de formação de estrelas, bem como sondar o que está acontecendo bem na posição das FRB", afirma.
Os pesquisadores referiram que ficaram surpreendidos ao descobrir que as FRB tiveram origem nos braços espirais das galáxias, um detalhe que tem de ser correlacionado com a formação estelar, disse Wen-fai Fong, professor assistente de física e astronomia na Faculdade de Artes e Ciências Weinberg da Universidade do Noroeste em Illinois, EUA, e coautor do estudo.
Descobertas pela primeira vez em 2007, as rajadas rápidas de rádio (FRB, na sigla em inglês) têm intrigado os cientistas durante anos. Em apenas alguns milissegundos, estas ondas de rádio conseguem descarregar mais energia do que centenas de milhões de sóis. A origem e causa exata das FRB é incerta.
Anteriormente, a comunidade científica assumiu que as FRB poderiam ser resultado de fusões de estrelas de nêutrons, ou de explosões de estrelas jovens.
A descoberta lança mais luz sobre o mistério das FRB, mas ao mesmo tempo suscita mais perguntas. Por exemplo, os cientistas as detectaram anteriormente no magnetar SGR 1935+2154, localizado na Via Láctea.
Mannings referiu que quanto mais os cientistas observarem as FRB, mais eles pensam que diferentes tipos de explosões têm origens diferentes.
"Não temos números suficientemente altos para determinar as complexidades da população das FRB no momento, mas fazer isso é uma perspectiva empolgante", aponta Mannings.