Um líder do movimento houthi condenou no domingo (23) as sanções dos EUA contra o grupo, advertindo sobre possíveis ataques contra os "países agressores".
"As sanções não assustam os mujahideen", comentou no domingo (23) Mohammed Ali al-Houthi, chefe do comitê supremo revolucionário do grupo, no Twitter.
"Se eles continuarem o bloqueio e a agressão, então talvez haverá ataques em locais inesperados em alguns países agressores", declarou.
Washington anunciou sanções contra dois altos responsáveis houthis, o chefe do Estado-Maior das forças da milícia, que liderou em 2020 uma ofensiva na província iemenita de Marib, e um líder proeminente das forças houthi na zona militar, que inclui a cidade de Hodeidah, Iêmen.
A província de Marib é uma parte do Iêmen rica em petróleo que é o último reduto do governo no norte do país. De acordo com a ONU, se a ofensiva de Marib continuar, ela poderá deslocar até 385.000 pessoas.
O Iêmen tem sido palco de um conflito entre as forças governamentais e os militantes houthis por mais de seis anos. Em 2015, a coalizão liderada pela Arábia Saudita começou a conduzir operações aéreas, terrestres e marítimas contra os rebeldes e também a bloquear repetidamente as águas do Iêmen com seus navios de guerra. Os houthis retaliam frequentemente disparando projéteis contra o território saudita e enviando drones carregados de bombas para lá.