A Índia ultrapassou nesta segunda-feira (24) a marca de 300 mil vidas perdidas para o COVID-19. O marco, conforme registrado pelo Ministério da Saúde, ocorre no momento em que a lentidão nas entregas de vacinas prejudica a luta do país contra a pandemia.
O número de novas infecções diárias caiu nas grandes cidades da Índia, mas os casos e mortes têm batido recordes nas últimas semanas com a escassez de leitos hospitalares, oxigênio e medicamentos essenciais.
"A primeira onda nos ensinou sobre o vírus, o que fazer, como ser, e até recebemos vacinas. Mas [...] essa situação é mais assustadora", disse Sheela, parente de um paciente com COVID-19 à agência AFP do lado de fora de um hospital na cidade de Chennai, no sul do país.
Quinto lockdown em Nova Deli
No domingo (23), Arvind Kejriwal, ministro-chefe de Nova Deli, anunciou que o lockdown na cidade foi prorrogado até o dia 31 de maio. "Consultei muitas pessoas e a opinião geral favoreceu a prorrogação do lockdown por uma semana", disse Kejriwa.
Esta é a quinta vez que as autoridades da capital indiana prolongam as restrições sociais. O lockdown foi iniciado na região em 19 de abril e as restrições impuseram o fechamento de comércios, restaurantes e centros comerciais.
Atrás apenas dos EUA e do Brasil
Muitos especialistas acreditam que o número real de vítimas na Índia é muito maior, especialmente porque a doença se espalha para as áreas rurais onde vive a maioria da população de 1,3 bilhão de pessoas e onde as instalações de saúde e os registros são precários.
A Índia administrou cerca de 200 milhões de vacinas, mas especialistas dizem que o programa precisa ser ampliado significativamente para combater o SARS-CoV-2 de maneira eficaz.
Com oficialmente 303,751 vítimas da COVID-19, a Índia fica atrás apenas dos EUA, com 604,087 mortes em decorrência da doença, e do Brasil, que com 499.068 óbitos, deve atingir a marca de 450 mil mortos pela COVID-19 nesta segunda-feira (24).