O instituto aguardava a liberação desde o final de março, quando o pedido foi feito à agência.
Após a aprovação, o Butantan informou que a nova etapa de testes deverá começar já na próxima semana.
O objetivo do soro, produzido a partir de plasma de cavalos, é amenizar os sintomas da doença em pessoas contaminadas pelo novo coronavírus. De acordo com os estudos já realizados pelo instituto, a substância não é capaz de curar nem de prevenir a infecção.
Em março, o Butantan afirmou que os testes serão feitos, inicialmente, com pacientes que foram submetidos a transplante de rim, no Hospital do Rim, e com pessoas com comorbidades, no Hospital das Clínicas.
A autorização permitirá que o soro seja aplicado em pessoas infectadas com a COVID-19 para que os profissionais do instituto consigam identificar a dosagem ideal a ser aplicada. O Butantan já tem 3 mil frascos prontos para iniciar os testes.
Para desenvolver o soro, os técnicos inseriram o vírus inativo nos cavalos.
Segundo o Butantan, a prática não provoca danos ao organismo dos animais, pois não permite a multiplicação viral, mas estimula a produção de anticorpos, vitais para o soro posteriormente criado em laboratório.