Em meio à luta da Índia contra a infecção da COVID-19 por fungos pretos e brancos, o primeiro caso de fungos amarelos foi relatado em Ghaziabad, cidade no estado de Uttar Pradesh, depois de uma pessoa que se recuperou da COVID-19 ter sido levada às pressas a um hospital sangrando do nariz e dos olhos.
De acordo com os médicos, o fungo branco visa os pulmões, o fungo preto ataca o cérebro, enquanto a variante amarela afeta ambos os órgãos, apesar de não ser contagiosa. Sintomas dela incluem letargia, perda de peso e de apetite, e mais graves, como olhos afundados ou a formação e vazamento de pus.
O paciente atualmente está sendo tratado com medicação antifúngica em um hospital privado de otorrinolaringologia. As injeções de anfotericina B são supostamente o único tratamento conhecido útil no combate à infecção.
De acordo com o dr. Oommen John, membro do Instituto George para Saúde Global da Índia, "não é suposto que os fungos cresçam dentro do corpo humano".
"Há boas bactérias presentes ao redor de nossa boca e nariz para combater a infecção. Uma grande ingestão de esteroides matou as medidas naturais de proteção, abrindo o caminho para o crescimento de fungos", explicou o médico à Sputnik na segunda-feira (24).
A Índia tem lutado contra mucormicose em meio a uma onda mortal de coronavírus que já levou a vida a de mais de 300.000 pessoas no país.
A infecção pós-recuperação, a mucormicose, conhecida como fungo preto, é uma infecção rara do grupo de fungos Mucormycetes. O fungo, embora encontrado naturalmente no ambiente, afeta aqueles com o sistema imunológico enfraquecido devido à alta ingestão de esteroides como a dexametasona.
Especialistas sugerem que a infecção pode aparecer de oito a dez dias após a detecção da COVID-19, e até 60 dias após a recuperação, com a Índia relatando pelo menos nove mil casos dessa infecção.