O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta terça-feira (25) que Israel responderá de forma "muito poderosa" se o movimento palestino Hamas violar o cessar-fogo.
"Se o Hamas quebrar a calma e atacar Israel, nossa resposta será muito poderosa", disse Netanyahu durante uma coletiva de imprensa conjunta com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.
Netanyahu comentou uma declaração recente do presidente dos EUA sobre a paz formal entre Israel e palestinos.
"O presidente Biden estava absolutamente correto quando disse 'você não terá paz até que Israel seja reconhecido como um estado judeu independente'. Essa é a chave, eu não poderia concordo mais com o presidente Biden [...]. Temos objetivos comuns de paz, segurança e prosperidade."
O primeiro-ministro de Israel agradeceu ainda ao presidente dos EUA por sua condenação a recentes atos antissemitas.
"Obrigado a você [Blinken] e ao presidente [Biden] por suas fortes declarações contra o antissemitismo [...]. [É] disfarçado de antissionista, mas é antissemitismo e você assumiu uma posição ousada, uma posição clara, e nós apreciamos isso. Acho que todas as pessoas decentes em todos os lugares apreciam essa postura", concluiu Netanyahu.
Reconstrução de Gaza
Blinken, por sua vez, afirmou que os EUA vão buscar apoio internacional para a reconstrução de Gaza e que Washington fará sua própria contribuição.
"Sabemos que, para prevenir um retorno da violência, temos que usar o espaço criado para abordar um conjunto maior de questões e desafios subjacentes. E isso começa com o enfrentamento da situação humanitária em Gaza e com o início da reconstrução", afirmou o secretário de Estado dos EUA, que garantiu que o Hamas não se beneficiaria da assistência.
Blinken acrescentou que os EUA "trabalharão para reunir apoio internacional em torno desse esforço" e fazendo suas "próprias contribuições significativas ".
O secretário de Estado norte-americano reafirmou ainda o compromisso dos EUA de fortalecer a segurança de Israel e que Washington apoia o direito de Tel Aviv de se defender contra ataques.
Conflito Israel-Palestina
A recente escalada de confrontos entre Israel e Hamas teve início na noite de 11 de maio e matou mais 250 pessoas, a maioria palestinos. Na sexta-feira (21), o Egito e o Qatar mediaram um cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
Blinken chegou a Israel nesta terça-feira (25) e é o oficial norte-americano de mais alta patente a visitar a região desde que Joe Biden assumiu o cargo.
O secretário de Estado norte-americano não se encontrará com Hamas, que não reconhece o direito de Israel de existir.
Em vez disso, Blinken irá para Ramallah, cidade palestina na Cisjordânia, para se encontrar com o presidente palestino Mahmoud Abbas.