Cientistas podem ter descoberto causa da coagulação sanguínea após vacinação contra COVID-19, diz FT

© REUTERS / Carlos BarriaPaciente recebendo vacina contra a COVID-19 Johnson & Johnson
Paciente recebendo vacina contra a COVID-19 Johnson & Johnson - Sputnik Brasil, 1920, 27.05.2021
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Cientistas alemães acreditam ter encontrado a causa da coagulação sanguínea advinda da inoculação das vacinas contra a COVID-19 Oxford/AstraZeneca e Johnson & Johnson.

Rolf Marschalek, professor na Universidade de Goethe, em Frankfurt, e líder do estudo sobre a reação adversa desde março, pensa que sua pesquisa pode ajudar na formulação de uma cura para a questão dos coágulos, reporta o The Financial Times.

O estudo, pré-publicado na quarta-feira (26), demonstra que o problema se encontra nos vetores adenovirais utilizados por ambas as vacinas para transmitirem instruções genéticas ao corpo sobre o pico do vírus SARS-CoV-2.

Uma vez dentro do núcleo da célula, certas partes da proteína de pico do vírus se juntam ou se separam, criando versões mutantes incapazes de se ligarem à membrana celular onde ocorre a importante imunização.

As proteínas mutantes flutuantes são secretadas por células no corpo, desencadeando coágulos sanguíneos em cerca de uma em 100 mil pessoas, segundo a teoria de Marschalek descrita na mídia britânica.
© AP Photo / Frank AugsteinEm Londres, pessoas fazem fila para tomar a vacina da AstraZeneca contra a COVID-19, em 16 de março de 2021
Cientistas podem ter descoberto causa da coagulação sanguínea após vacinação contra COVID-19, diz FT - Sputnik Brasil, 1920, 27.05.2021
Em Londres, pessoas fazem fila para tomar a vacina da AstraZeneca contra a COVID-19, em 16 de março de 2021

Casos de coagulação sanguínea, detectados em pelo menos 142 pessoas dentro da Europa e responsável por 56 mortes no Reino Unido, levaram à restrição e suspensão das vacinas AstraZeneca e Johnson & Johnson em mais de uma dúzia de países.

Marschalek, por sua vez, acredita que há uma "saída" direta se os fabricantes das vacinas em causa conseguirem modificar a sequência do gene que codifica a proteína de pico do vírus, evitando assim que ela se divida.

Segundo o The Financial Times, a Johnson & Johnson já teria entrado em contato com o laboratório de Rolf Marschalek para pedir orientação, com o objetivo de achar um jeito para adaptar sua vacina e impedir o ajuntamento ou separação de parcelas da proteína de pico.

No entanto, vários cientistas pedem cautela à teoria de Marschalek, pois afinal, é apenas uma entre tantas outras, e também são necessárias maiores evidências que suportem seu funcionamento.

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