O Tratado de Céus Abertos foi assinado em 1992 e entrou em vigor dez anos depois, permitindo que os 34 países-membros realizassem voos de observação desarmada no espaço aéreo um do outro.
A vice-secretária de Estado Wendy Sherman informou à Rússia que os Estados Unidos não têm planos de voltar a assinar o acordo do qual o ex-presidente Donald Trump se retirou, informou a Associated Press.
No início do dia, o porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, afirmou que o tempo estava se esgotando para Washington reconsiderar sua recusa em participar do Tratado de Céus Abertos.
Ele ainda acrescentou que a questão poderia ser discutida durante a próxima cúpula EUA-Rússia, quando os presidentes Vladimir Putin e Joe Biden se encontrarão em uma reunião, em 16 de junho, em Genebra.
O impasse
O Tratado de Céus Abertos foi assinado em 1992. Os EUA anunciaram sua retirada unilateral do tratado em maio passado, e concluíram o processo em novembro, citando supostas violações por parte da Rússia, que negou qualquer acusação.
Em dezembro, Moscou disse que também se retiraria se outros signatários se recusassem a garantir o não compartilhamento de dados de seus voos de observação sobre o território russo com os EUA.
O governo russo iniciou o procedimento de retirada em 15 de janeiro.
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