Ele se referia aos cinco princípios aprovados pela UE em 2016 que todos os Estados-membros da união seguem nas interações com a Rússia e que incluem, entre outros, o cumprimento total dos acordos de Minsk sobre a Ucrânia e o desenvolvimento da cooperação em assuntos internacionais.
Chizhov notou que a UE continua apoiando a Ucrânia, que fala diretamente, no nível oficial mais alto, que os acordos de Minsk são maus e que estes podem sem tolerados apenas porque eles facilitam a prorrogação de sanções.
"Essa lógica leva inevitavelmente a UE a um impasse, do qual já é tempo de sair", disse.
Segundo o representante, na União Europeia existe o entendimento de que ela está ligada à Rússia por um futuro comum, e seria bom que esse fato fosse refletido no relatório da Comissão Europeia sobre as relações entre a UE e a Rússia até a próxima cúpula.
No final da cúpula dos líderes dos países-membros da UE, que ocorreu no início desta semana, a Comissão Europeia e o chefe da diplomacia europeia, Josep Borell, foram encarregues de preparar um relatório sobre as relações entre o Estado russo e a UE no prazo de um mês, até a próxima cúpula.
"Ursula von der Leyen disse também que nós – a Rússia e a União Europeia – estamos ligados por um futuro comum. Isso já é uma constatação séria sobre a situação. Espero que seja ela que reflita o rumo do pensamento que vai direcionar o tom do próprio relatório", disse Vladimir Chizhov.
Além disso, conforme anunciou o chanceler russo, Sergei Lavrov, a Rússia está pronta para normalizar as relações com a União Europeia, mas apenas na base da igualdade.
"Nós confirmamos mais uma vez nossa prontidão para a normalização de relações com a União Europeia em caso de haver entendimento que vamos tratar dos assuntos com base em igualdade, respeito mútuo, busca do equilíbrio de interesses, e não com base em ações unilaterais e condições prévias", disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia no final da reunião com seu homólogo esloveno, Anze Logar.
As relações entre a Rússia e os países europeus se deterioraram por causa da situação em Donbass e em torno da Crimeia, que se reunificou com a Rússia após referendo na península. Os países ocidentais acusaram a Rússia de ingerência, impondo sanções contra ela. Moscou, por sua vez, tomou medidas de retaliação e disse que é contraproducente dialogar com o Estado russo usando a linguagem das sanções.