Pesquisadores observam que estes vulcões poderiam abastecer com energia sistemas hidrotermais de águas profundas, ambientes ricos em energia química de que as potenciais formas de vida de Europa poderiam se aproveitar, escreve portal Space.
"Nossas descobertas fornecem evidências adicionais de que o oceano subterrâneo de Europa pode ser um ambiente adequado para o surgimento de vida", comunicou Marie Behounkova, autora principal do estudo da Universidade Carolina de Praga, na República Tcheca.
"Europa é um dos raros corpos planetários que podem ter mantido a atividade vulcânica ao longo de bilhões de anos, e possivelmente o único além da Terra que tem grandes reservatórios de água e uma fonte de energia duradoura."
Behounkova e colegas modelaram detalhadamente como o interior de Europa se estica e flexiona enquanto a lua é puxada pela poderosa gravidade de Júpiter.
Tais deformações geram calor por fricção que impede o oceano subterrâneo de Europa de congelar e talvez até mesmo parcialmente derrete a camada superior do seu manto rochoso, relataram pesquisadores em um estudo anterior publicado na revista científica Geophysical Research Letters.
Por sua vez, o novo estudo sugere que tal derretimento pode ter alimentado vulcões do fundo marinho durante a maior parte da existência de Europa, acontecendo possivelmente até nos dias de hoje.
É mais provável que a atividade vulcânica ocorra perto dos polos de Europa, onde as cargas de calor internas são mais intensas, segundo explicam cientistas.