O ministro da Energia da Rússia, Nikolai Shulginov, e o embaixador do Paquistão em Moscou, Shafqat Ali Khan, assinaram nesta sexta-feira (28) um documento que permitirá a construção do gasoduto Pakistan Stream (Corrente Paquistão), em um futuro próximo, informou o Ministério da Energia russo.
"Os departamentos correspondentes de nossos países fizeram um ótimo trabalho na preparação deste protocolo, e sua assinatura permitirá que nossas empresas comecem a implementação do projeto o mais rápido possível para, dessa forma, ajudar o lado paquistanês a fortalecer sua segurança energética e aumentar o uso do gás natural como fonte de energia limpa", lê-se no comunicado, que inclui declarações do ministro Shulguinov.
Com capacidade anual de até 12,4 bilhões de metros cúbicos, o gasoduto terá 1.100 quilômetros de extensão entre a cidade de Karachi, no sul do Paquistão, e Lahore, no norte do país asiático. O acordo também prevê a construção de usinas movidas a gás natural liquefeito.
Conhecido anteriormente como projeto Norte-Sul, o princípio do acordo para a construção do gasoduto foi realizado em uma resolução intergovernamental em 2015.
Gasoduto Nord Stream 2 questionado
O anúncio da parceria ocorre em um momento em que gasoduto Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2), que se encontra em fase final, é questionado por países do Ocidente.
A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, afirmou em 19 de maio que os EUA consideram a construção do Nord Stream 2 "mau negócio" que representa uma ameaça à segurança energética da Europa.
O gasoduto Nord Stream 2 prevê a conexão entre Alemanha e Rússia pelo mar Báltico. O objetivo do gasoduto é diversificar as rotas de fornecimento de gás da Rússia para a Europa, aumentando sua segurança energética.