As Filipinas protestaram contra a contínua "presença e atividades ilegais" da China nas proximidades da ilha filipina Thitu, no mar do Sul da China, declarou o ministro filipino das Relações Exteriores no sábado (29) citado pela Reuters.
Na sexta-feira (28), Manila apresentou um protesto diplomático sobre "implantação incessante, presença prolongada e atividades ilegais de ativos navais e navios de pesca chineses" nas proximidades da ilha Thitu. As Filipinas exigem que a China retire suas embarcações da área.
"As ilhas Pag-asa [Thitu, na língua local] são parte integrante das Filipinas, sobre as quais exercemos soberania e jurisdição", disse o chanceler no comunicado.
As tensões entre Manila e Pequim aumentaram ao longo dos últimos meses devido à presença de centenas de embarcações chinesas na zona econômica exclusiva das Filipinas. Manila acredita que os navios são tripulados por milícias, enquanto a China afirma que são barcos de pesca que se abrigam do mau tempo.
A China construiu uma minicidade com passarelas, hangares e mísseis terra-ar no recife Subi, a cerca de 25 km de Thitu.
A ilha Thitu, conhecida também como Pag-asa nas FIlipinas, está à distância de 451 quilômetros do continente e é a maior das ilhas, recifes e bancos de areia do arquipélago Spratly. O nome chinês da ilha é Zhongye Dao.
As ilhas Spratly são um arquipélago desabitado no mar do Sul da China, com mais de 750 recifes, ilhéus, atóis e ilhas. A soberania do arquipélago é disputada pela China, Taiwan, Vietnã, Brunei, Malásia e Filipinas.
Este protesto diplomático foi pelo menos o 84º que as Filipinas apresentaram contra a China desde a posse do presidente Rodrigo Duterte em 2016.