Moscou defenderá e ajudará Belarus se a União Europeia (UE) impuser sanções econômicas contra Minsk, disse à Sputnik o diretor do Departamento de Cooperação Econômica do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Dmitry Birichevsky.
"Penso que defenderemos nosso parceiro Belarus, ajudaremos nossos aliados. Aquilo que o Ocidente inventa contra Belarus provoca emoções completamente negativas. Porque antes de tudo é preciso realizar uma investigação do que se passou e só depois pensar como reagir, e não fazer declarações apressadas", disse Birichevsky.
O funcionário da chancelaria russa destacou que a abordagem do assunto por Moscou "consiste em não tomar medidas impulsivas”.
"Não podemos reagir às medidas que foram impostas contra outro país, precisamos de discutir isso com os parceiros e ver o que podemos fazer", afirmou Birichevsky quando perguntado sobre medidas recíprocas caso as sanções europeias contra Minsk afetem o trânsito do gás russo.
Em 23 de maio, um voo da Ryanair viajando de Atenas, capital da Grécia, para Vilnius, capital da Lituânia, fez um pouso de emergência devido a uma ameaça de bomba, que mais tarde se revelou falsa. O Ministério do Interior de Belarus confirmou que a bordo estava Roman Protasevich, que fundou um canal do Telegram designado como extremista por Minsk.
Após reunião em 24 de maio, os líderes da UE tomaram a decisão de fechar seu espaço aéreo para os aviões belarussos e também recomendaram às companhias aéreas europeias para evitarem voos sobre o território de Belarus. O bloco apelou à imposição de sanções contra o país o mais rápido possível.
Um dos casos mais conhecidos de pousos forçados ocorreu em 2013, quando o voo do então presidente boliviano Evo Morales foi obrigado a aterrissar em Viena. Segundo os rumores, a bordo junto com o presidente estava o ex-agente da Agência Central de Inteligência dos EUA, Edward Snowden, acusado pelos Estados Unidos de divulgar segredos de Estado.