'Espiral de sanções': Rússia está desenvolvendo sistema alternativo ao SWIFT

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Cartão de crédito - Sputnik Brasil, 1920, 31.05.2021
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Embora não haja ainda nenhuma decisão oficial quanto à possível desconexão da Rússia do sistema, o país já se prepara para tal cenário.

O sistema SWIFT poderá ser envolvido na "espiral de sanções" contra a Rússia. Existem ameaças, principalmente dos Estados Unidos, de desconectar o país do SWIFT, disse à Sputnik o diretor do Departamento da Cooperação Econômica do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Dmitry Birichevsky.

Em conformidade com direito internacional, apenas um órgão pode impor sanções de forma legítima: o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. As medidas unilaterais que alguns países ou grupos de países tomam não podem ser chamadas de sanções, destacou o economista.

"O que nossos parceiros ocidentais estão usando são barreiras para proteger seus próprios produtores e proteger seus próprios interesses no cenário mundial. Há receios de que o sistema SWIFT possa ser envolvido nesta 'espiral de sanções'", disse Birichevsky.

Por enquanto, a desconexão da Rússia do sistema de pagamentos SWIFT não está em cima da mesa, mas o país se prepara para isso e começou a criação de um análogo do SWIFT, revelou Birichevsky.

"Por enquanto, segundo cremos, isso está fora de questão, mas é necessário nos prepararmos, levando em conta a imprevisibilidade da situação. A Rússia vem fazendo isso há bastante tempo, porque é uma necessidade objetiva", disse Birichevsky.

O SWIFT é um sistema internacional interbancário de transmissão de informação e realização de pagamentos, ao qual são conectadas mais de 11 mil das maiores organizações de quase todos os países. Há relatos regulares na mídia de que a Rússia pode ser desconectada do sistema como uma das sanções mais duras do Ocidente. Alguns políticos ocidentais também apelam para isso.

No entanto, é difícil fazê-lo, dado que SWIFT é uma organização privada internacional e a União Europeia não tem competências para desconectar a Rússia, segundo o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.

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