Cientistas australianos, espanhóis e britânicos estudaram detalhadamente a estrutura do DNA de células infetadas pelo vírus SARS-CoV-2 e não encontraram provas de que o vírus tenha se incorporado ao genoma humano, segundo uma pré-publicação no portal bioRxiv.
"Nos experimentos não encontramos nenhuma evidência que o SARS-CoV-2 seja capaz de se integrar ao genoma da célula infetada, o que significa que isso ou é impossível, ou ocorre em casos isolados", afirmaram os pesquisadores.
Como parte do estudo, os cientistas infectaram uma cultura de células cancerosas com COVID-19 para ver se apareceriam moléculas de DNA com uma cópia do genoma do coronavírus, ou novas inserções, no genoma das células infectadas.
Além disso, os cientistas tomaram medidas para diminuir o risco de erros ou coincidências acidentais que pudessem distorcer o resultado final.
De acordo com os resultados do experimento, os pesquisadores não conseguiram encontrar um único exemplo de integração total do vírus SARS-CoV-2 ao DNA humano, o que sugere que o coronavírus não é capaz de se incorporar ao genoma humano em princípio ou isso ocorre muito raramente.
Desde o início da pandemia, o Brasil registrou 16.515.120 casos e 461.931 óbitos da COVID-19. No mundo há 170.403.729 casos confirmados e 3.542.933 mortes do coronavírus.