O Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya confirmou a qualidade das vacinas Sputnik V contra a COVID-19 produzidas pelo laboratório privado argentino Richmond. Com isso, o país sul-americano poderá importar os antígenos para iniciar a fabricação em massa do inoculante, anunciou a ministra da Saúde da Argentina, Carla Vizzotti.
"Ontem [1º de junho] fomos informados que esse controle de qualidade foi satisfatório e vamos avançar com firmeza na importação dos antígenos componentes 1 e 2 para que a Argentina faça parte da cadeia produtiva da vacina Sputnik", afirmou Vizzoti durante coletiva nesta quarta-feira (2), citada pelo jornal La Nación.
Dessa forma, a Argentina será o primeiro país da América Latina a produzir em massa a vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Centro Gamaleya. Este avanço vai permitir assim "acelerar os planos de vacinação", afirmou a ministra.
Vizzotti informou ainda que esta semana chegarão ao país os componentes 1 e 2 da Sputnik V. "Amanhã [3 de junho] chega ao país um voo, que partiu hoje [quarta-feira], com 800 mil doses da vacina Sputnik e temos um segundo voo […] que trará mais 100 mil doses do componente 1 e 400 mil do componente 2, que chegará esta semana", afirmou a ministra.
Em toda a Argentina, quase 9,9 milhões de pessoas foram vacinadas com a primeira dose, enquanto mais de 2,8 milhões de habitantes foram imunizados com as duas doses, segundo dados locais.
Sputnik V no mundo
A vacina russa Sputnik V tem gerado "demanda frenética em todo o mundo", afirmou Kirill Dmitriev, diretor-geral do Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo).
A Sputnik V usa uma tecnologia de adenovírus humano de dois vetores diferentes e que são administrados em duas injeções com 21 dias de intervalo.
Até agora, o inoculante russo foi licenciado em 66 países. A Sputnik V tem uma eficácia de 97,6%, conforme relatado em 19 de abril pelo RFPI após analisar os dados de 3,8 milhões de cidadãos russos vacinados.