Na terça-feira, a Força Aérea da Malásia comunicou ter enviado seus caças para interceptar 16 aviões militares chineses, após detectar uma atividade "suspeita" sobre o mar do Sul da China, frente à costa do país, qualificando o incidente como uma "grave ameaça à soberania nacional e segurança dos voos".
De acordo com os militares, citados pela Reuters, as aeronaves chinesas voaram a 111 quilômetros do estado de Sarawak da ilha de Borneo e não mantiveram contato com o controle de tráfego aéreo regional, apesar de terem recebido diversas instruções.
Além disso, é esperado que o bombardeiro seja capaz de voar a velocidades subsônicas e potencialmente disparar quatro mísseis furtivos hipersônicos de cruzeirohttps://t.co/diX42EpI2N
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) May 25, 2021
O ministro das Relações Exteriores da Malásia, Hishammuddin Hussein, anunciou que seu país emitirá uma nota diplomática de protesto e convocará o embaixador chinês para obter explicações sobre a "intrusão" e a "violação do espaço aéreo e a soberania da Malásia".
"A postura da Malásia é clara: ter relações diplomáticas amistosas com qualquer país, mas isso não significa que vamos comprometer nossa segurança nacional", ressaltou o ministro.
Por sua vez, a embaixada da China na Malásia afirmou que as aeronaves realizaram um treinamento de rotina e "cumpriram estritamente" o direito internacional, sem violar o espaço aéreo de outros países.
"A China e a Malásia são vizinhos e a China está disposta a continuar com as consultas bilaterais amistosas com a Malásia para manter conjuntamente a paz e a estabilidade regional", assegurou um porta-voz da embaixada chinesa.
O mar do Sul da China tem sido palco de tensões durante anos, por ser objeto de reivindicações territoriais e marítimas de diversos países, como a China, Vietnã, Filipinas, Taiwan, Malásia, Indonésia e Brunei.