As autoridades de tráfego disseram ao jornal que a intrusão causou poucos danos e que os hackers não conseguiram acessar os controles dos trens. O ciberataque foi denunciado às autoridades policiais e a outras agências estatais, mas não foi comunicado ao público.
"Os sistemas de segurança multicamadas existentes na MTA funcionaram conforme o projetado, impedindo a propagação do ataque", afirmou ao jornal Rafail Portnoy, diretor de tecnologia da MTA.
"Continuamos a reforçar esses sistemas abrangentes e permanecemos vigilantes, já que os ataques cibernéticos são uma ameaça global crescente", acrescentou.
Uma análise revelou ainda que os hackers não acessaram nem comprometeram os dados pessoais dos clientes ou colocaram os operadores dos trens em perigo, informou NYT.
Não foi divulgado por que os hackers tentaram acessar os sistemas informáticos do MTA, no entanto os investigadores teorizam que o ataque poderia estar ligado às tentativas da China de dominar o mercado de vagões ferroviários, aponta a mídia.
Outra teoria sugere que, devido à ausência de danos, os "hackers podem ter entrado por engano no sistema da MTA e descoberto que era de pouco interesse", diz o jornal.
Nos últimos tempos houve um aumento nos ataques de hacking contra redes de computadores de infraestrutura dos EUA, entre os quais estão incidentes da filial norte-americana da gigante brasileira da indústria de carnes JBS, que acredita que o recente ataque cibernético foi realizado por um grupo provavelmente localizado na Rússia. Outro ataque foi contra a Colonial Pipeline, um dos maiores fornecedores de combustível dos EUA, que transporta cerca de 45% da gasolina para a Costa Leste do país.