Tal conclusão foi tirada pelos cientistas da Universidade do Sul da Califórnia, nos EUA, cujo artigo foi publicado recentemente na revista científica The Journals of Gerontology, Series A.
O segredo da vida longa é contido no estilo de vida tradicional dos tsimane. Essa tribo indígena da periferia boliviana da floresta amazônica vive hoje praticando formas tradicionais de agricultura, caça, coleta e pesca – continuando as práticas de seus ancestrais, escreve o portal Science Alert.
Acreditava-se que os tsimane, que não recebem assistência médica moderna, estariam sob risco mais alto de infecções e, em consequência, inflamações mais frequentes. Por sua vez, a inflamação sistêmica levaria à acelerada atrofia do cérebro.
No entanto, nos tsimane são registrados os níveis mais baixos do mundo no desenvolvimento da cardiopatia isquêmica devido a seu modo de vida ativo e dieta pobre em calorias.
Da pesquisa participaram 746 membros da tribo, de idades entre 40 e 94 anos, tendo os cientistas calculado o volume de seus cérebros por meio de tomografia computadorizada.
Neles foi observada uma redução do volume cerebral mais lenta, em comparação com participantes da Alemanha, EUA e Países Baixos. Assim, o estado do sistema circulatório se revela mais importante para o envelhecimento saudável do cérebro do que os fatores inflamatórios ligados às infecções.
Em geral, o modo de vida atual é acompanhado por um ritmo acelerado da redução do volume do cérebro em cerca de 70%, dependendo da idade.