Durante uma videoconferência, ambos os chefes de Estado confirmaram que o país sul-americano importará os antígenos da Rússia para a fabricação do remédio contra a COVID-19 na Argentina.
Anteriormente, a ministra da Saúde da Argentina, Carla Vizzotti, havia informado que o Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya teria confirmado a qualidade dos primeiros lotes da vacina russa produzida na Argentina.
A produção em massa no laboratório de Richmond, localizado em Pilar, na província de Buenos Aires, deverá começar de imediato.
As instalações do laboratório têm capacidade para fabricar e enfrascar semanalmente cerca de 500 mil doses da Sputnik V, disse o presidente dos laboratórios Richmond, Marcelo Figueiras.
Um avião da companhia aérea estatal Aerolineas Argentinas partirá, no domingo (6), de Moscou com destino a Buenos Aires, "trazendo o princípio ativo para iniciar a produção [da vacina] na Argentina imediatamente", disse Fernández.
A aeronave não só transportará doses da Sputnik V para Argentina, como também para o Paraguai.
A oficialização da produção da Sputnik V no país sul-americano ocorre em um momento-chave, pois no fim de maio a Argentina anunciou que entraria em regime de confinamento para tentar evitar uma nova onda de COVID-19, após recordes de infecções e mortes diárias.