O secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, assegurou que na próxima reunião de cúpula da OTAN, em 14 de junho, a China será debatida como nunca, incluindo sobre decisões específicas relacionadas aos avanços tecnológicos de Pequim, e sobre como os membros da aliança poderão proteger-se de futuros ataques cibernéticos.
"A China está se afirmando no cenário global. A OTAN não vê a China como um adversário. Existem oportunidades de cooperação com Pequim [em] questões como comércio, mudanças climáticas e controle de armas", disse Stoltenberg, durante um evento virtual organizado pela Instituição Brookings, com sede em Washington, EUA. "No conceito estratégico existente da OTAN, não mencionamos a China uma única vez. Posso garantir que no Novo Conceito Estratégico, a China será mencionada".
Adicionalmente, Stoltenberg afirmou que a OTAN reconhece as mudanças no balanço do poder mundial como resultado da ascensão da China que, por sua vez, tem criado alguma ansiedade em questões de segurança, pelo que agora a Aliança Atlântica se tornou ainda mais importante para os EUA.
As tensões entre a China e os EUA, bem como seus aliados, são evidentes, principalmente no que toca a região do Indo-Pacífico.