Neste domingo (6), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, advertiu que se ele for substituído pelo líder do Yamina, Naftali Bennett, Tel Aviv se renderá às exigências norte-americanas para retornar ao acordo nuclear com o Irã, o que colocaria o futuro do Estado judeu em perigo, segundo o The Jerusalem Post.
"Este é um governo que não será capaz de suportar a pressão dos Estados Unidos para voltar ao acordo nuclear com o Irã que trará a Teerã bombas atômicas que nos ameaçarão", disse Netanyahu citado pela mídia.
Segundo o The Jerusalem Post, Netanyahu disse ao Likud que Israel estava sob forte pressão de Washington para aceitar trazer de volta o acordo com a República Islâmica. Ele alertou contra o empoderamento do líder do Yesh Atid, Yair Lapid, do chefe trabalhista, Merav Michaeli, e do presidente do Meretz, Nitzan Horowitz, para tomar decisões sobre o Irã.
"Quando este acordo vier, o gabinete de segurança com Lapid, Michaeli e Horowitz não aprovará nenhuma medida ousada em território inimigo dentro do Irã. Um governo que depende de apoiadores do terror não pode tomar medidas consistentes e sistemáticas contra grupos terroristas em Gaza, e duvido que seja capaz de combater as decisões contra os soldados das FDI no Tribunal Penal Internacional de Haia", disse o primeiro-ministro.
Conforme noticiado no dia 3 de junho, Yair Lapid informou ao presidente israelense, Reuven Rivlin, que havia formado uma coalizão que poderia destituir o atual primeiro-ministro, depois que Naftali Bennett aprovou a formação de um governo conjunto.
Os comentários de Netanyahu foram declarados em meio às intenções do atual presidente dos EUA, Joe Biden, de retornar ao acordo nuclear com o Irã e às negociações em andamento em Viena sobre o assunto.
Caso seja mesmo destituído, Netanyahu deixará a cadeira de primeiro-ministro de Israel após 12 anos no poder.