O acadêmico Suresh Mohankumar, atualmente na Universidade Swansea, no Reino Unido, desenvolveu um estudo em parceria com cientistas da Escola de Farmácia da JSS da Academia de Educação Superior e Pesquisa em Ooty, na Índia, para investigar potencialidades sobre o chá verde favorecer a criação de uma droga capaz de combater o vírus SARS-CoV-2.
De acordo com o Dr. Mohankumar "a farmácia mais antiga da natureza sempre foi um tesouro de novos medicamentos em potencial e questionamos se algum desses compostos poderia nos ajudar a combater a pandemia de COVID-19? Selecionamos e classificamos uma biblioteca de compostos naturais já conhecidos por serem ativos contra outros coronavírus usando um programa de computador auxiliado por inteligência artificial. Nossas descobertas sugeriram que um dos compostos do chá verde poderia combater o coronavírus por trás da COVID-19".
O trabalho dos pesquisadores foi agora destacado pela revista online RSC Advances e incluído em sua coleção de artigos populares de prestígio escolhidos por editores e revisores. O professor associado Dr. Mohankumar enfatizou que a pesquisa ainda estava em seus primeiros dias e longe de qualquer tipo de aplicação clínica.
"O composto que nosso modelo prevê ser mais ativo é a galocatequina, que está presente no chá verde e pode estar prontamente disponível, alcançável e a preço acessível. Agora é preciso haver mais investigação para mostrar se pode ser comprovado clinicamente eficaz e seguro para prevenir ou tratar COVID-19", explicou o acadêmico destacando que o estudo ainda se encontra em etapa preliminar, mas pode ser um caminho.
O chefe de Farmácia, Professor Andrew Morris, disse: "Esta é uma pesquisa fascinante e demonstra que os produtos naturais continuam sendo uma fonte importante de compostos-chave na luta contra doenças infecciosas", citou.
O Dr. Mohankumar, que atua na pesquisa e administração de farmácia em todo o mundo há mais de 18 anos e é uma referência na área, acrescentou que agora está ansioso para ver como o trabalho pode ser desenvolvido.
"Agora é necessário haver estudos pré-clínicos e clínicos apropriados e nós receberíamos colaboradores e parceiros em potencial para ajudar a levar esse trabalho adiante", declarou o especialista.