Rússia conduz no Ártico testes para verificar confiabilidade das munições nucleares

© Foto / Ministério da Defesa da RússiaSoldado russo na ilha de Kotelny no Ártico russo
Soldado russo na ilha de Kotelny no Ártico russo - Sputnik Brasil, 1920, 06.06.2021
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Rússia está realizando ensaios não nucleares, em um polígono no arquipélago russo de Novaya Zemlya, com o objetivo de confirmar a confiabilidade do arsenal nuclear do país, disse o major-general Igor Kolesnikov, chefe do 12º Departamento Principal (armas nucleares) do Ministério da Defesa.

Em uma entrevista ao canal Zvezda, Kolesnikov disse que no arquipélago de Novaya Zemlya, que se localiza no Ártico, foram conduzidos 132 testes nucleares entre 1954 e os anos 1990.

"A partir da década de 1990, devido à introdução da moratória, nem uma única explosão nuclear foi realizada no local", ressaltou.

O general recordou que em 1996 a Rússia assinou, ratificando em 2000, o Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBT, na sigla em inglês).

"É por isso que estamos agora conduzindo testes explosivos não nucleares. Ensaios não nucleares são realizados com o objetivo de confirmar a confiabilidade do arsenal nuclear existente", explicou.

"Vale ressaltar que os EUA estão trabalhando exatamente no mesmo sentido, também conduzem testes semelhantes em Nevada", acrescentou.

CC BY 2.0 / Campanha Internacional para Abolição de Armas Nucleares / Teste de armas nucleares dos EUA em Nevada, 1957.
Rússia conduz no Ártico testes para verificar confiabilidade das munições nucleares - Sputnik Brasil, 1920, 06.06.2021
Teste de armas nucleares dos EUA em Nevada, 1957.

Com a cessação dos testes nucleares subterrâneos em grande escala, os ensaios não nucleares começaram a desempenhar um papel importante na avaliação da segurança do arsenal nuclear existente.

Esta é uma forma especial de estudar os processos físicos que ocorrem em cargas nucleares.

Tais testes são realizados com maquetes de dispositivos explosivos nucleares sem a emissão de energia nuclear causada por reações de fissão em cadeia de urânio-235 ou plutônio-239.

Os dados recebidos nesses ensaios permitem concluir sobre o desempenho e confiabilidade da maquete testada, bem como sobre a possibilidade de prolongar seu prazo de validade.

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