Anteriormente, o presidente dos EUA, Joe Biden, declarou em seu artigo para o jornal The Washington Post que a China não deve participar da elaboração das regras do comércio e das tecnologias mundiais. Biden também escreveu que as principais democracias do mundo vão apresentar propostas de alto nível, alternativas às da China, para a modernização da infraestrutura física, digital e de saúde.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse durante um briefing, comentando o artigo do presidente norte-americano:
"A China sempre manteve a opinião que o desenvolvimento pacífico e a cooperação mutuamente vantajosa são tendências atuais e aspiração comum de todos os países, cada membro da comunidade internacional deve cumprir os princípios e objetivos da Carta das Nações Unidas, apoiar um sistema internacional com papel predominante da ONU e contribuir para a democratização das relações internacionais".
Ele acentuou especificamente que "das consultas sobre os assuntos da comunidade internacional devem participar todos os países, enquanto a palavra final não deve pertencer apenas a alguns Estados".
De acordo com suas palavras, a comunidade internacional deve seguir os princípios de abertura e inclusão e também insistir na realização de consultas em pé de igualdade.
"Demarcação de fronteiras ideológicas, concretização de uma política de blocos dirigida contra certos países ou a prática de pseudomultilateralismo seletivo – tudo isso são ações que se opõem às atuais tendências, elas são impopulares e não obterão sucesso", ressaltou o alto diplomata.
O porta-voz chinês expressou sua esperança de que "os EUA tratem a China imparcial e racionalmente, parem de exagerar e inflar a ameaça chinesa, façam mais esforços favoráveis à promoção da confiança mútua e cooperação entre a China e os EUA, bem como à paz, estabilidade e prosperidade global".