Segundo informa a Euronews, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) não tem acesso à Coreia do Norte desde 2009, quando Pyongyang expulsou seus inspetores. Desde então, o país tem avançado em seu programa de armas nucleares, tendo retomado seus testes nucleares. A última detonação de uma arma nuclear norte-coreana ocorreu em 2017.
Com sede em Viena, na Áustria, a AIEA monitora toda a atividade nuclear na Coreia do Norte, com especial atenção ao principal complexo nuclear em Yongbyon, através de imagens de satélite.
Em uma atualização trimestral apresentada em uma reunião do Conselho de Governadores da agência, composto de 35 nações, o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, disse que vapor continua emergindo de uma usina que serve um laboratório de reprocessamento em Pyongyang, desde que o mesmo apontou na última reunião que sua atividade havia aumentado.
"A usina a vapor que atende o Laboratório de Radioquímica continuou a operar desde minha última declaração ao Conselho em março", disse ele citado pela mídia europeia.
Contudo, parece que não há indicações de que, nos últimos três meses de operações, o reator de 5 MW em Yongbyon tenha, de fato, produzido plutônio para armas, uma vez que a AIEA acredita que tal instalação tenha sido encerrada em dezembro de 2018.
De igual modo, também não houve indicações de que uma instalação de Yongbyon, considerada uma usina de enriquecimento, estaria em funcionamento, pelo que os trabalhos de construção internos em um reator experimental de água leve parecem continuar.
Grossi acrescentou, no entanto, que havia "indícios contínuos de atividade" em uma instalação nos arredores de Pyongyang chamada Kangson, que atraiu sua atenção por poder representar um potencial local de enriquecimento.