Um grupo de arqueólogos identificou o esqueleto de um escravo da época romana, em Rutlândia, que poderia ter sido um criminoso atirado à vala para ter uma morte degradante.
O esqueleto, de um homem adulto de entre 26 e 35 anos de idade, foi encontrado em uma vala, com algemas de ferro em seus tornozelos, o que indica o rancor daqueles que o jogaram na vala.
Fisicamente, o esqueleto aparenta ter tido uma vida muito esforçada e atividades físicas em excesso. Tinha lesões que estavam curadas no tempo de sua morte e a causa desta permanece desconhecida.
A descoberta foi identificada como uma rara e importante evidência da escravidão no Império Romano em território britânico e uma "descoberta internacionalmente significativa".
De acordo com Michael Marshall, especialista do Museu de Arqueologia de Londres, não há dúvidas de que a escravidão existiu durante a ocupação romana da Grã-Bretanha.
Em outros países, alguns esqueletos encontrados com algemas são normalmente de vítimas de desastres naturais e não foram enterrados, o que não é o caso da nova descoberta.
Isso porque a posição em que o esqueleto foi encontrado é algo realmente incomum, pois ele estava ligeiramente inclinado sobre seu lado direito e tinha seu lado e braço esquerdos elevados.
De acordo com o Museu de Arqueologia de Londres, citado pelo The Guardian, o homem jamais será identificado, mas "as diversas peças de evidência indicam [...] serem os restos mortais de um escravo romano".