China compara acusações de criação de vírus às armas de destruição em massa no Iraque, diz embaixada

© AFP 2023 / STRFoto tirada em 28 de abril de 2021 mostra uma profissional de saúde preparando uma dose de vacina contra o coronavírus em uma universidade em Wuhan, na província de Hubei, na China
Foto tirada em 28 de abril de 2021 mostra uma profissional de saúde preparando uma dose de vacina contra o coronavírus em uma universidade em Wuhan, na província de Hubei, na China - Sputnik Brasil, 1920, 08.06.2021
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"As origens da COVID-19 são uma questão de ciência e devem ser estudadas em conjunto por cientistas de todo o mundo, em vez de serem politizadas", defendeu o porta-voz da embaixada chinesa nos EUA.

O porta-voz da embaixada chinesa nos Estados Unidos, Liu Pengyu, comparou em sua conta no Twitter, as afirmações de que o coronavírus teve origem em um laboratório no país asiático com as falsas acusações contra o Iraque sobre sua suposta posse de armas de destruição em massa.

​​A campanha para politizar o estudo das origens e desacreditar a China não é diferente das mentiras de que o Iraque possuía armas de destruição em massa 12 anos atrás.

As origens da COVID-19 são uma questão de ciência e devem ser estudadas em conjunto por cientistas de todo o mundo em vez de serem politizadas. Qualquer conclusão deve ser tirada de acordo com os procedimentos da Organização Mundial Saúde (OMS) e seguindo métodos de base científica.

A invasão do Iraque em 2003 foi precedida por uma campanha em que EUA e Reino Unido, entre outros países, acusaram Saddam Hussein de possuir um arsenal secreto de armas nucleares, químicas e biológicas. No entanto, depois de derrubar o presidente iraquiano, as forças dos EUA não encontraram nenhuma dessas armas de destruição em massa que serviram de pretexto para iniciar a guerra.

No final do mês passado, o presidente dos EUA, Joe Biden, ordenou que a inteligência de seu país iniciasse uma investigação para determinar se o SARS-CoV-2 surgiu pela primeira vez na China de origem animal ou de um acidente de laboratório.

A decisão de Biden foi criticada pela embaixada chinesa em Washington como uma "campanha de difamação e transferência de culpa". Em nota, a missão diplomática descartou a hipótese do vazamento do laboratório como uma "teoria da conspiração", afirmando que "politizar o rastreamento da origem" do coronavírus não só dificultará sua localização, "mas desencadeará o 'vírus político' e prejudicará seriamente a cooperação internacional em torno da pandemia".

Além disso, em 28 de maio o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, ressaltou que a decisão do governo dos EUA de incumbir seus serviços de inteligência de investigar as origens do vírus mostra que Washington está mais obcecado em culpar a China do que em chegar à verdade.

De acordo com as conclusões da equipe da OMS que viajou à cidade chinesa de Wuhan para investigar os primórdios da pandemia, a transmissão de animal para humano através de um intermediário é a hipótese "mais provável" da origem do coronavírus. O vazamento de um laboratório foi considerado pelos especialistas como "extremamente improvável".

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