Nesta terça-feira (8), foi informado que o comitê dos graduados do Quarto Central Comum fizeram uma votação para saber se o retrato da rainha Elizabeth II deveria ser retirado do salão principal. Os votos a favor de tal ação ganharam com larga vantagem.
De acordo com trechos das atas da reunião do comitê, os alunos justificaram a decisão após ter sido sugerido que a rainha "representa a história colonialista recente", com seu retrato a ser substituído por "arte de outras pessoas influentes e inspiradoras", reporta o tabloide Daily Mail.
"Trata-se de nosso espaço comum e de fazer nossos alunos se sentirem bem-vindos", disse um aluno minutos antes da votação.
O secretário de Estado da Educação do Reino Unido, Gavin Williamson, criticou a decisão, publicando sua opinião em sua conta no Twitter, e dizendo que a medida era "simplesmente absurda" e que Elizabeth II era "a chefe de Estado e um símbolo do que há de melhor no Reino Unido".
As faculdades constituintes de Oxford juntaram-se a outras instituições acadêmicas do Reino Unido e, em grande parte, do mundo ocidental, na experiência de uma recente onda de ativismo. Recentemente, mais de 350 acadêmicos da universidade em questão exigiram a remoção de uma estátua do magnata britânico da exploração minéria do século XIX, e oficial imperial no sul de África, Cecil Rhodes, pois esta não refletiria "a Oxford que representamos".
Antes deste evento, também a Faculdade de Música de Oxford teria, supostamente, considerado reformular seu currículo, por se preocupar em estar "compactuando com a supremacia branca" ao se concentrar no ensino de "música branca europeia do período da escravatura", tais como as obras de Beethoven e de Mozart.
Em janeiro deste ano, a Faculdade All Souls de Oxford removeu Christopher Codrington, comerciante de escravos do século XVIII, do nome de sua biblioteca principal, mas decidiu não remover sua estátua do local.